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VOU PESCAR COM JOÃO ALEXANDRE

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Vou pescar João Alexandre Vou pescar! Parece que acordei de um longo sonho, Parece até que eu parei no tempo, Parece até que nada aconteceu! Vou pescar! Quem sabe Ele apareça novamente, Quem sabe volte a me chamar de amigo, Quem sabe chegue andando sobre as águas, Quem sabe? O Homem junto à fogueira convida pra ceia, para uma conversa sincera! Brasas queimando na areia E dentro de mim a lembrança de tê-lo negado, Por nada! É a hora da verdade aqui em volta da fogueira Melhor lançar tudo que é palha no fogo! Olhe bem dentro dos olhos do Homem que reparte o pão E me diga se alguém é capaz de enganá-lo? Tu sabes todas as coisas, Tu sabes do meu amor por Ti! Tu sabes todas as coisas, Tu sabes do meu amor por Ti! Vou pescar.. .

DESCOBRINDO UMA NOVA EVANGELIZAÇÃO (2)

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A educação também estava a serviço da missão. Muito cedo surgiram as primeiras escolas e institutos evangélicos, como consequência da perseguição dos filhos de protestantes nas escolas públicas e católicas. As escolas eram verdadeiros centros de pregação da moral evangélica. E era exatamente o caráter moral do ensino evangélico que levava as pessoas a busca-las para seus filhos. Estes espaços “catequizadores” serviam também para recrutar e selecionar jovens brasileiros para o ministério pastoral.  Nisto residiu um dos grandes segredos do sucesso destas missões: arregimentação de brasileiros, que eram consagrados para a missão. Esta constatação é apresentada José Nemésio Machado em seu livro Educação Batista no Brasil: uma análise complexa, publicado pela editora do Colégio Batista Brasileiro de São Paulo. A ênfase denominacional constitui-se numa característica da missão protestante. Cada iniciativa missionária se entendia como pioneira. Steuernagel, no estudo ci...

IGREJA E CULTURA - CONTEXTUALZAÇÃO

O missionário é quem melhor encarna o estilo de vida de Jesus que o cristianismo exige, segundo o teólogo e missionário católico belga José Comblim, em seu Comentário da Carta de Paulo aos Filipenses. Mas, precisamos de “mensageiros humildes do Evangelho” como procurou a Comissão de Lausanne no Relatório de Willowbank.  Paulo convida-nos pelo seu exemplo. Consciente da presença demoníaca na idolatria (para ele ídolos eram demônios), como escreveu na primeira carta aos coríntios, em Atenas sua aproximação nos ensina como devemos agir na evangelização. Diante do panteão de deuses da cidade, em vez de começar pela crítica, o apóstolo prefere valorizar o fato de serem os atenienses muito religiosos. Lourenço Stelio Rega, em abordagem sobre a contextualização na igreja local, vê nessa atitude um modelo de aproximação saudável para igreja e cultura. Encorajado por reflexões como essas, busquei na memória muitos significados dos festejos juninos para a formação do nordestino....

IGREJA E CULTURA - MERGULHO

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Existe muita confusão na cosmovisão evangélica predominante em minha formação desde a adolescência, marcadamente asceta, exclusivista e arrogante, mas travestida de uma capa espiritual. Com muito esforço tenho aprendido a refletir como Nelson Bomilcar, músico que participou na década de 70 do movimento de abertura da igreja evangélica para a música brasileira, participando das primeiras equipes do Vencedores Por Cristo. Escrevendo sobre Música e Adoração na Igreja Brasileira ele destacou:  “É importante lembrar e considerar que elementos divinos estão presentes em todas as culturas, inclusive a indígena e africana, que tanto influenciam a nossa cultura. O que o Diabo sempre tentará é distorcer a criação de Deus, confundindo nossa compreensão do que é lícito usarmos na evangelização e adoração”  Parte da distorção citada por Bomilcar pode ser notada na expressão “igreja mundana” ou “mundanismo na igreja”. Sem pretender aprofundar o estudo exegético da palavra “m...

APOCALIPSE – COMO ENTENDER OS SÍMBOLOS

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João, o Apóstolo, intentou declarar a fé cristã e manifesta oposição ao paganismo oficial de Roma. Caracteriza-se por uma visão dualista da história: o mundo atual, rebeldia contra Deus e perseguição do Seu povo é fortemente contrastado como mundo vindouro, quanto Deus intervirá para estabelecer definitivamente o seu reino. É uma profecia cunhada no molde apocalíptico e escrita em forma de carta.  Verner Hoefelmann, respondendo à pergunta “Como entender os símbolos do apocalipse?” afirma que 70% dos versículos contêm alusões ao Antigo Testamento (principalmente Êxodo, Ezequiel e Daniel). As citações nos remetem a momentos de crise na caminhada do povo de Deus. A mensagem deixada assegura que diante das ameaças à sobrevivência no presente, a igreja cristã poderia esperar na intervenção de Deus, que nunca abandonou o seu povo fiel.  Apocalipse é filho da profecia e tem interesse escatológico. Ocupa-se de um desenvolvimento histórico e anuncia a providência de D...

EVANGELIZAÇÃO NA BÍBLIA: PECADO, QUEDA E JUÍZO

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Os primeiros conceitos a serem investigados na fundamentação bíblica da evangelização dizem respeito à quebra na relação entre Deus e o homem e na harmonia entre o homem e a criação: pecado e queda. Devemos pensar estes termos na perspectiva dessa relação. Pecado e queda não são o fim, mas o começo. Depois deles, Deus não inicia uma nova relação com o homem e o mundo. Ele inicia a execução do seu verdadeiro plano para a vida.  Tomar a criação como ato da vontade salvífica de Deus leva-nos a calcular o impacto desta verdade sobre nossa compreensão do homem e do universo. O homem e a natureza foram perfeitamente criados. Mas, sofreram juntamente a queda. A comissão de Lausanne, no livro A Missão da Igreja no Mundo (ABU/Visão Mundial), concorda que, no Éden, imediatamente após a queda do homem, o próprio Deus anuncia a restauração por meio da vinda de Jesus. A Boa Nova, o Evangelho irrompe logo no início da história bíblica. A providência da redenção do homem já havia si...

EVANGELIZAÇÃO NA BÍBLIA: CRIAÇÃO E SALVAÇÃO

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A Evangelização na Bíblia encontra assento inicial na relação entre as doutrinas da criação e salvação. Antigo e Novo Testamento são unânimes em vincular uma à outra. Deus cria para salvar e salva re-criando, creatio ex nihilo. Transforma o caos em cosmos. Além da relação fundamental salvação-criação, o texto sagrado foi estruturado de tal forma que os conceitos necessários para compreender a relação Deus-homem são tecidos pelas narrativas da criação, queda e promessa de redenção do homem.  Cristo é o agente e o propósito da criação de Deus, o princípio ativo na estruturação do cosmos, e na revelação do plano divino para a salvação do homem. Por isso, René Padilla, em seus ensaios sobre o Reino e a Igreja, fala de ênfase cristológica do universo. “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (João 1.3).  A Bíblia começa com uma cosmogonia, uma descrição da criação do mundo a partir da palavra criadora de Deus, ...