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Mostrando postagens de outubro, 2012

REFORMA PROTESTANTE: A LEMBRANÇA DA HERANÇA

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O ciclo natural de permanência numa igreja dita “evangélica” hoje não dura mais de sete anos. Abertas por atacado em cada esquina, essas igrejas não fazem questão de identificação histórica com qualquer herança cristã. Estamos vivendo uma geração cada vez mais entorpecida de novidades que não quer aprender com a memória de fé dos antigos.  Receio perguntar a alguém que se identifica como evangélico quem foi Martinho Lutero! Ou ainda “o que é ser “protestante”! Mas o pior é constatar que a raiz do catolicismo medieval ressurgiu de forma disseminada nas igrejas independentes que se multiplicam a cada semana. Em 31 de outubro de 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero publicou na porta da Igreja do Castelo de Wittemberg, na Alemanha, 95 teses contrarias às doutrinas Católica das indulgências e da infalibilidade do Papa. Essa data é adotada pelo mundo protestante como o marco da renovação espiritual da Igreja na chamada Idade Média. O início do que hoje se convencionou chamar de “

FALAR DE DEUS USANDO VERBOS

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A visão de mundo cristã leva em conta a existência de um Deus pessoal e sua ação na História. Agostinho, filósofo e teólogo cristão do século IV, em sua declaração “credo ut intelligam” (“creio para entender”) ensinou que o cristão vê o mundo através da fé. A fé cristã, por sua vez, encontra seu fundamento na percepção de Deus. Ed René Kivitz, em Vivendo com Propósitos, escreveu sobre o melhor que conseguia perceber de Deus. Para Ele Deus é “o fundamento pessoal de toda a realidade existente”. Paulo apóstolo citou o poeta Epimênides (600 a.C) em seu discurso no areópago ateniense para referir-se ao “Deus desconhecido”: “Pois nele vivemos, nos movemos e existimos” (Atos 17,28). A existência humana está fundamentada nEle. O povo hebreu influenciou decisivamente o cristianismo com sua experiência histórica de fé. A formação e o desenvolvimento de Israel como nação tem como centro gravitacional a confissão de fé registrada no Deuteronômio: “Ouve, ó Israel: o Senhor nosso Deus é

TEOLOGIA E TEOLOGIAS - ENTENDENDO A DIFERENÇA

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Muito embora exista uma conceituação teologia aceita na tradição cristã, conforme procuramos resumir em outra postagem ( Conceito de Teologia ), é inevitável ao conhecimento teológico uma multiplicidade dos vários sistemas.  Essa variedade desafia do teólogo em sua tarefa de encarnação num determinado contexto. Ao encarnar a mensagem cristã na cultura do povo que o recebe, fatalmente o teólogo ampliará essa diversidade no próprio exercício do pensamento teológico.  Em sua Antropologia Teológica, Batista Mondim identifica que a disparidade dos paradigmas teológicos emana da própria natureza da teologia. Ele destaca dois princípios supremos nos quais se estrutura o trabalho do teólogo: o arquitetônico e o hermenêutico. O princípio arquitetônico é o mistério da revelação, registrado nas Escrituras e fundamento para outros mistérios e eventos da história da salvação. O princípio hermenêutico está baseado na razão, e parte da filosofia para a compreensão e interpretação da

PASTOR DEVE ESTUDAR TEOLOGIA

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O estudo teológico é indispensável para a prática pastoral. Nada obstante ser esta uma constatação de fácil aceitação, o quadro geral do ministério da palavra, sobretudo entre os neo-pentecostais, parece negar a sua necessidade.  Conforme estudo inédito feito pela Fundação Getúlio Vargas, publicado na revista Veja em junho de 2006 na matéria “O Pastor é Show” o crescimento numérico dos evangélicos deve-se sobretudo a uma nova geração de pastores. A revista apresenta-os como pregadores que usam a psicologia e a autoajuda aliadas a uma indústria do espetáculo.  O “show” desses “sacerdotes midiáticos” usa como suporte desde as regras de etiqueta até os mais sofisticados recursos da telecomunicação. A formação teológica exigida para esses líderes constitui-se de cursos práticos ministrados na própria igreja, tendo como temas: oratória, etiqueta e gerência financeira de templos. É o que diz a revista. Na prática esse quadro estatístico se reflete em espetáculo, entretenimento e co