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Mostrando postagens de junho, 2012

IGREJA E CULTURA - ENTRANHAMENTO

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A experiência de pastorear a Primeira Igreja Batista em Catu-BA tem-me permitido (ou exigido) um mergulho em aspectos da cultura nordestina ou um retorno a eles, uma vez que minha origem é a zona rural de Itamari-BA.  Catu nasceu agrícola, há 144 anos, e tornou-se petrolífera a menos de meio século. Mesmo com o êxodo rural, impulsionado por essa nova atividade, a cidade preserva forte influência do campo. Posso sentir na cosmovisão dos membros da igreja.  O processo de favelização da cidade em decorrência dos problemas de planejamento foi bem retratado em matéria do site Retratos de Catu (aqui). Contudo, a cidade ainda mantém um perfil mais identificado com a cultura do interior do Nordeste do que outras cidades da Região Metropolitana de Salvador, a exemplo de Camaçari-BA, onde pastoreei até dezembro de 2010 a Igreja Batista Sião.  Nas últimas semanas tenho direcionado algumas leituras sobre a relação entre Evangelho e Cultura e aproveito a época dos festejos

GRAÇA QUE SALVA E SANTIFICA

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Qual deve ser a impressão que uma pessoa de fora do convívio da igreja tem da graça de Deus? O que deve imaginar quando ouve a palavra "santificação". Certamente você já ouviu a expressão “lei dos crentes”. O pensamento por trás destas palavras deve ser: uma lei que passamos a cumprir para alcançarmos a salvação.  A experiência com a graça transmitida pela igreja através de ensinos e práticas parece limitar-se mais a uma separação entre a igreja e o “mundo” (como se a igreja não estivesse no mundo). A preocupação com usos e costumes, moda, cinema, música secular, esporte e lazer na tentativa de deixar clara a diferença entre os "salvos" e os "perdidos".  A leitura do livro É proibido – o que a Bíblia permite e a igreja proíbe, de Ricardo Gondim, publicado pela Mundo Cristão em 1998, permitiu-me consolidar, ainda no período de formação no Seminário algumas convicções sobre o processo que chamamos santificação. Convido-o a revisar comigo alguns

AUTORIDADES CONSTITUÍDAS POR DEUS

Deus não escolhe, necessariamente, as pessoas que ocuparão os cargos, mas escolheu o princípio de autoridade e sua função na vida pública. O princípio bíblico de autoridade ensina que responsabilidades e funções foram projetadas por Deus, quer seja na família, na igreja, na escola, na cidade, no Estado. Mas é necessário distinguir entre autoridades constituídas e pessoas investidas de autoridade. Quando foi interrogado sobre o dever de pagar impostos, Jesus estabeleceu o princípio da responsabilidade política do cristão diante cidadania terrena. “Então, deem a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22:18-21). O imperador representava o poder temporal responsável por direitos e deveres dos cidadãos. Por outro lado, Deus, absoluto em sua autoridade, era o único Senhor a quem se devia adorar. O Apóstolo Paulo ensinou à igreja em Roma o princípio da sujeição às autoridades constituídas, em sentido genérico. Ele entendia que toda autoridade era constituída por Deus par