POR QUE (NÃO) CELEBRAR O NATAL?
Jesus nasceu em 25 de dezembro? Esta não é uma pergunta para ser feita na noite de Natal! Mas, é importante que saibamos: a resposta é não. Em nosso calendário Jesus teria nascido entre março e abril, o início da primavera no hemisfério norte.
O calendário em vigor no Ocidente criado artificialmente, não corresponde exatamente à organização do tempo nas culturas judaica e romana. Até o século VI o calendário ocidental tomava como marco inicial a fundação de Roma. Em 526 d.C. o imperador romano do Oriente, Justiniano I, decidiu organizar um calendário original partindo do ano do nascimento de Jesus. Este foi chamado Calendário de Dionízio. Em 1582 o papa Gregório XIII fez uma alteração. O mundo ocidental segue o calendário gregoriano.
Estas reformas e adaptações não corrigiram erros graves. Convivemos com diferenças que equivalem a períodos superiores a um ano. Parece confuso, mas, na verdade, Jesus nasceu entre os anos 7 a.C. e 3 a.C. Não vale a pena desprender energia com discussões em torno de datas. Jesus nasceu. Isto é um fato bíblico.
Não encontramos na Bíblia a menção do termo NATAL. No entanto, ela é enfática em sua defesa da importância histórica e teológica do nascimento de Cristo. Isso se conclui dos registros de eventos que cercaram o nascimento de Jesus: A adoração dos pastores (Lucas 2:8-12); as dádivas recebidas dos Magos (Mateus 2:1-11); o anúncio de paz e boa vontade dos anjos (Lucas 2:13 e 14).
Os apóstolos e os primeiros cristãos eram incomodados por outra pergunta: quando Jesus se tornara o Cristo? Depois da ressurreição? No batismo? O tempo passava e o interesse avançava da ressurreição para toda a vida de Jesus, inclusive seu Natal. Assim, somente cerca de trinta anos após a ascensão do Senhor eles começaram a registrar o seu nascimento como Deus-Homem.
Os textos bíblicos que tratam do seu nascimento foram escritos depois de sua ascensão e são o resultado de um processo de descoberta. São fruto do amor que movia aqueles que o conheceram como Senhor e Salvador. O Espírito inspirava esta investigação e revelava o conhecimento da verdade. Os escritores sacros procuraram saber tudo, inclusive a origem. Chegaram então à revelação de que Jesus já nascera como Deus, pois era Deus encarnado. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1,1 - ARA). Por isso, os evangelhos foram escritos visando afirmar que Ele nasceu e viveu com Deus-Homem, sendo a salvação dos homens.
A data exata do advento sempre foi cercada de polêmica. A primeira comemoração do Natal de Jesus em 25 de dezembro deu-se entre 325 e 354 d.C. em Roma, mediante o imperador Constantino. Até hoje a Igreja Ortodoxa observa o Natal em 6 de janeiro, e os cristãos armênios em 19 de janeiro. No dia 25 de dezembro celebrava-se o renascimento Sol, quando, no hemisfério norte, os dias começavam a ser mais longos. Era o solstício de inverno.
Como Solano Portela observou:
“gradualmente a celebração do Natal foi assimilando vários costumes existentes nas nações que iam recebendo o Cristianismo. Muitos destes costumes, pagãos em origem, foram se transformando e, vencidos pelo Cristianismo, foram se enquadrando no espírito de Natal”. (“Porque Celebramos o Natal” - F. Solano Portela - Monergismo”)
O cristianismo não deixou de aprender com as diversas culturas que assimilava. Mas seu poder espiritual dava novo significado a costumes e festas.
O Natal é nossa demonstração de gratidão pelo ADVENTO daquele que veio salvar os pecadores. O Sol brilhou entre os homens. A verdadeira Luz traz vida a todos. O Natal é uma celebração. Deixar de festejar com o coração porque a mente não resolve um problema de calendário é reduzir o mistério da encarnação em seu significado transcendente.
REFERÊNCIAS
PORTELA, F. Solano. Porque celebramos o Natal. Disponível em: http://www.monergismo.com/textos/natal/natal_solano.htm. Acessado em: 24 set. 2022.
O calendário em vigor no Ocidente criado artificialmente, não corresponde exatamente à organização do tempo nas culturas judaica e romana. Até o século VI o calendário ocidental tomava como marco inicial a fundação de Roma. Em 526 d.C. o imperador romano do Oriente, Justiniano I, decidiu organizar um calendário original partindo do ano do nascimento de Jesus. Este foi chamado Calendário de Dionízio. Em 1582 o papa Gregório XIII fez uma alteração. O mundo ocidental segue o calendário gregoriano.
Estas reformas e adaptações não corrigiram erros graves. Convivemos com diferenças que equivalem a períodos superiores a um ano. Parece confuso, mas, na verdade, Jesus nasceu entre os anos 7 a.C. e 3 a.C. Não vale a pena desprender energia com discussões em torno de datas. Jesus nasceu. Isto é um fato bíblico.
Não encontramos na Bíblia a menção do termo NATAL. No entanto, ela é enfática em sua defesa da importância histórica e teológica do nascimento de Cristo. Isso se conclui dos registros de eventos que cercaram o nascimento de Jesus: A adoração dos pastores (Lucas 2:8-12); as dádivas recebidas dos Magos (Mateus 2:1-11); o anúncio de paz e boa vontade dos anjos (Lucas 2:13 e 14).
Os apóstolos e os primeiros cristãos eram incomodados por outra pergunta: quando Jesus se tornara o Cristo? Depois da ressurreição? No batismo? O tempo passava e o interesse avançava da ressurreição para toda a vida de Jesus, inclusive seu Natal. Assim, somente cerca de trinta anos após a ascensão do Senhor eles começaram a registrar o seu nascimento como Deus-Homem.
Os textos bíblicos que tratam do seu nascimento foram escritos depois de sua ascensão e são o resultado de um processo de descoberta. São fruto do amor que movia aqueles que o conheceram como Senhor e Salvador. O Espírito inspirava esta investigação e revelava o conhecimento da verdade. Os escritores sacros procuraram saber tudo, inclusive a origem. Chegaram então à revelação de que Jesus já nascera como Deus, pois era Deus encarnado. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1,1 - ARA). Por isso, os evangelhos foram escritos visando afirmar que Ele nasceu e viveu com Deus-Homem, sendo a salvação dos homens.
A data exata do advento sempre foi cercada de polêmica. A primeira comemoração do Natal de Jesus em 25 de dezembro deu-se entre 325 e 354 d.C. em Roma, mediante o imperador Constantino. Até hoje a Igreja Ortodoxa observa o Natal em 6 de janeiro, e os cristãos armênios em 19 de janeiro. No dia 25 de dezembro celebrava-se o renascimento Sol, quando, no hemisfério norte, os dias começavam a ser mais longos. Era o solstício de inverno.
Como Solano Portela observou:
“gradualmente a celebração do Natal foi assimilando vários costumes existentes nas nações que iam recebendo o Cristianismo. Muitos destes costumes, pagãos em origem, foram se transformando e, vencidos pelo Cristianismo, foram se enquadrando no espírito de Natal”. (“Porque Celebramos o Natal” - F. Solano Portela - Monergismo”)
O cristianismo não deixou de aprender com as diversas culturas que assimilava. Mas seu poder espiritual dava novo significado a costumes e festas.
O Natal é nossa demonstração de gratidão pelo ADVENTO daquele que veio salvar os pecadores. O Sol brilhou entre os homens. A verdadeira Luz traz vida a todos. O Natal é uma celebração. Deixar de festejar com o coração porque a mente não resolve um problema de calendário é reduzir o mistério da encarnação em seu significado transcendente.
REFERÊNCIAS
PORTELA, F. Solano. Porque celebramos o Natal. Disponível em: http://www.monergismo.com/textos/natal/natal_solano.htm. Acessado em: 24 set. 2022.
Olá Pr. Petrônio.
ResponderExcluirVamos celebrar Jesus, o único e verdadeiro significado do Natal. Viva Jesus!!!
Excelentes seus textos, tenho lido, gostado e indicado. Parabéns!
Abraços,
Márcio Bastos
Meu amigo e irmão na FÉ, Pr. Petrônio Borges, é uma satisfação fazer parte deste blog.
ResponderExcluirAbraços,
MIZAEL NETO