PARA CRESCER COM-UNIDADE


“Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” 
(Jo 17.20.21) 

Você lembra de alguma oração feita por alguém pelo seu crescimento? Jesus orou pelo crescimento da igreja. O A oração mais longa de Jesus registrada na Bíblia foi intercessória. Também chamada de oração sacerdotal, esta prece de Jesus pelos seus discípulos se deu num contexto de despedida e agonia. Foi a oração do coração de Jesus na qual Ele orou por si (17.1-8), pelos primeiros discípulos (9-19) e pelos futuros crentes (20-26). 
Nesta oração aprendemos, dentre outras lições, sobre a visão de Jesus sobre o crescimento da igreja. Um crescimento com unidade. A verdadeira unidade da igreja de Cristo conduz ao crescimento em direção ao mundo. O desejo do Senhor era que os discípulos tomassem como modelo a sua relação como o Pai. Uma vez que fossem “perfeitos em unidade” (v.23), ou seja, vivendo uma unidade completa, estariam preparados para levar o mundo a crer e conhecer o amor de Deus. 
Jesus sabia que eles estariam sujeitos à ação do Maligno e que o mundo os odiaria pela Palavra que receberam. Existe um esforço orquestrado das trevas para tentar impedir o avanço do Reino de Deus. E a prioridade de Satanás é destruir a unidade da igreja. Pois sem unidade não há crescimento. 
Mas, a vivência da unidade exige mais que discurso. O viver igreja tem sua dinâmica própria que diferencia a comunhão cristã de qualquer associação humana. Primeiro porque o penhor da unidade na igreja é a fé em Cristo. Antes de ser prática a unidade é mística. Cada crente unido a Cristo pela fé e todos formando uma união de crentes. O poder de Deus é capaz de unir pessoas diferentes sem impor uma uniformização de idéias e sentimentos. A igreja dever ser mosaico, jardim, aquarela. Deus assim o quer. 
Outra característica dessa dinâmica é a vivência da fé. A unidade é, sobretudo, mística, mas se revela na prática. É construída no diálogo, na concessão, na tolerância, em ceder, em perder para ganhar. No meio batista temos um exercício prático de unidade regularmente. Numa assembleia deliberativa pessoas discutem ideias. E quando uma decisão é consensual, da maioria, a atitude de quem vota em contrário é assumir a decisão como sua. Assim diferenças são superadas e não impedem a comunhão. O professor Társis Wallace repetia nas aulas de mentoreamento quando falava sobre unidade: 

Aquele que nos une 
é maior do que 
aquilo que nos separa.

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